Livros

“Conheci a Rosana, muito antes de ser apresentada. O meu filho encarrega–se de descrever muito bem as pessoas…. Quando a vi pessoalmente vinha acompanhada de um quadro… Mais tarde, emprestaram–me um livro: Quem tem boca vai a Roma . Li-o num ápice e fiquei com desejo de ler a continuação. Sou muito curiosa! Afinal, a vida real tem histórias maravilhosas. Quando a Rosana me falou neste projecto, achei que era uma belíssima ideia. Sou uma leitora compulsiva, adoro História e tinha terminado de ler um livro que descrevia a chegada do Rei D. João e da Rainha Carlota Joaquina (conseguem imaginar os reis quando che- garam ao Brasil com o seu ar imponente cheios de nódoas e com um cheiro pouco agradável?)… E como passar o tempo a ensinar que as palavras são lindas…fáceis… que têm música…que com elas podemos descrever o mundo… fazê-lo mais bonito… Parecia fácil!…. Que erro! As palavras não são a chegada… são o caminho e ao percorrê-lo, senti-me completamente desamparada. Voltei a ser criança e a andar pelas ruas “mal andamosas” de Beja… Foi difícil, “torci os pés” e fiquei com a sensação de tarefa não cumprida…. As palavras são tão difíceis…. podem dizer tanto coisas…. podem ser ditas com indiferença, com ódio, mas também amor. E foi isso que a Rosana transmitiu: amor pelos outros e pela vida. Vou adorar reler o livro… e vou ainda, adorar mais os próximos  livros que a Rosana escrever… E, já agora, se me permitem, acho que somos mesmo Filhos da mãe, uns saíram ao pai, outros à mãe e em relação ao mau feitio, iguaizinhos ao avô, ao bisavô ou à avó ou bisavó… como der mais jeito”. (07/01/2009 — Professora Cristina Maria Camarro Merca Dinis)